rios de pedroso
Rios de Pedroso
No parágrafo Rios ocupa o 1º lugar o Febros, pela antiguidade do seu nome, pelo seu volume de Águas e pelo comprimento do seu curso. O seu nome Febros já apareceu em 922 num documento da colecção "Portugalliar Monumento Histórico," numa longa doação do Rei Ordonho II de Leão a favor de D. Cosmado, bispo resignatário de Coimbra e que veio fazer-se frade num acistério, então existente em Crestuma.
Essa doação lega muitas igrejas, ou melhor, pequenas ermidas existentes na bacia do Febros.
O Rio Febros tem cerca de 15 quilómetros de extensão e nele já habitaram toupeiras-de-água, lontra e uma diversidade notável de peixes.
O nome "Febros" é uma referência a um tão simpático e dental animal, o "Castor", os romamos já lhe chamavam o rio dos "Castores" (Febros) devido à grande variedade de fauna que aí existia.
O Febros nasce no lugar das Corgas, freguesia de Seixezelo, donde segue para os lugares de Ameal, Lavadores, Carvalho, (em Olival) do lugar do Carvalho segue pelas trazeiras de Tabosa, pelo sítio da Castanheira, até ao Rio do Lobo. Rio do Lobo é o nome do lugar que lá está, mas o rio é sempre o Febros que em seguida, vai tocar ou mover os moinhos de casaldrijo, Alheiras, Costa Ponte Pereiro; Cardal e Cunha, já em Avintes. Daqui para baixo divide Avintes primeiro de Vilar e depois de Oliveira do Douro. Passa por baixo da ponte da Costa (Oliveira do Douro) e entra finalmente no Douro, no Esteiro de Avintes.
Para consolar o Febros
o Autor dedica-lhe os versos seguintes:
1
Entre sombras e verduras, Relva fofa e pedras duras
Passa o Febros cintilando, Todo beijos e ternuras
Folhas mortas embalando.
2
Pelas margens sobranceiras, Em extáticas fileiras
Se impertiga o choupo esguio, Em braçados de videiras
3
Foge a rir chei de graça, Os rechedos que ele Abraça
No seu leito com Amor, São a ponte de quem passa
E precisa de o transpor.
4
Braços nus línguas palreiras, Pés na água as lavadeiras
Sobre as pedras de lavar, Aos grupinhos, às carreiras
Lavam roupas a cantar.
5
Todo espumas, todo ninhos, Quando à porta dos moinhos
Tem o grão à sua espera, Ele é música dos ninhos,
Ele é sol de Primavera.
6
E os moinhos docemente alapados na corrente
Mós cantando em ladainha, São igreja alvinitente
Cujo incenso é a Farinha.
7
O burrito do moleiro, Pela margem no carreiro
Sobre os ombros os sacos postos, De olhos tristes no ribeiro
Canto à água os seus desgostos.
8
Águas mansas e benditas, Que ternuras infinitas
Sabeis ao embalar, Corpos nus de criancitas
Que se atiram a Nadar.
9
Ribeirinhos tão estreitos, Que na paz dos vossos leitos
Lá desceis por’i além, Sois espíritos eleitos
Que passam fazendo Bem.
Depois do Febros dou lugar ao Rio Talão que nasce atrás da Quinta Amarela, passa pelo sitio dos "degredados," segue ao fundo de Burreles S. Lourenço ao Moinho da Traga, na Pedreira. Daqui corta em Ângulo quase recto à estrada do Espadanal em Balteiro. Toma aqui o nome de Balteiro e daqui vai para o Cardal onde entra no Febros e por este no
Douro.
Rio das Poldras: nasce em Gondinhães passa ao Casal, segue entre Fofim e Lamaçães. É o Rio dos esteios ao fundo de Mexedo: Corre na base do monte das penas, passa à Ponte das Poldras, em Alheira e entra no Febros.
Rio Margido e Salgueiros: são dois nomes de um pequeno curso de água que nasce no lago do Srº dos Aflitos. Passa a Paradela de Baixo onde toma o nome de Rio da Costa e vai a Casaldrijo desaguar no Febros.
Rio Capateiro: nasce no lugar da Feiteira, passa por vários lugares e chega ao lugar de Codeçães com o nome de Rio Capateiro, segue por Pisão, juntamente em Paradela ao Rio Margido.