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alminhas e lavadouros de pedroso

Alminhas e Lavadouros de Pedroso

Lembro que as Alminhas e os Lavadouros, representam um marco histórico das nossas gentes de Pedroso, pois trazem recordações antigas, que é bom sempre recordar.

Referencial histórico da freguesia de Pedroso e do concelho de Vila Nova de Gaia: as "Alminhas das Barrancas".

As "Alminhas" espalhadas por aí além têm sempre uma história para contar - são, geralmente e por si mesmas, páginas da nossa memória colectiva. Assim nas Barrancas.
Reza a lápida afixada na sua frontaria: "Barrancas - 11 de Maio de 1809 - Manuel de Sá Rocha é fuzilado pelos franceses, à vista de sua Mãe. Esta cai também morta de dor. Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso!"
Estas alminhas ladeavam a estrada real, mais tarde estrada nacional nº 1. Um novo traçado desta originou a que a capelinha ficasse para ali desfasada, a ponto de, aberto o arruamento hoje denominado por travessa da Seada, a sua localização se mostrar, para esta via, um "estorvo".
Do programa eleitoral do actual presidente da Junta de Freguesia de Pedroso consta, na parte de "Meio Ambiente/ Qualidade de Vida", entre outras, a seguinte preocupação:
- Remoção e arranjo da Capelinhas das Barrancas para local mais adequado.
Tanto quanto se sabe, a capelinha é de propriedade particular, mas toda a situação que lhe foi criada em volta é de molde a que não beneficie do mínimo de protecção. Resultado: a degradação tem sido galopante, mercê de lixo depositado nas imediações e das enchurradas que invadem o seu interior.
O proprietário do terreno contíguo já terá disponibilizado uma área para deslocar convenientemente aquele monumento.
Por informações colhidas, a razão estará em exigências de transferência de propriedade do pequeno imóvel para a Autarquia, imposição que a família actualmente dona das "Alminhas" não aceita, por razões respeitáveis de piedosa tradição.
Ao fim e ao cabo, seja quem for o titular da capelinha, ela é, espiritualmente, dos seus devotos, de todo o povo, e integra-se no estrato hístórico-cultural de Pedroso.

Parente de Figueiredo, poeta e escritor que deixou o seu nome ligado aos Carvalhos e a Perosinho, em dois versos que rezam assim:
Lembro-me tanto daquela
Branca e modesta Capela
Das Barrancas, isolada.
Entre pinhais murmurantes
E arbustos verdejantes,
A cinco metros da estrada!!!

Muitas vezes, à tardinha
Passei junto à Capelinha
Em devota digressão.
Parecendo que me ficava,
Em cada vez que passava
Um pouco do coração!!!

No dia 24 de Maio de 2003, foi evocado o 2º Aniversário da inauguração daquele pequenino altar, obra de José Reis e que é uma réplica do altar existente na Igreja dos Congregados, no Porto, em honra de Nª. Sª. Auxiliadora. O autor da obra é um consagrado escultor minhoto, com diversas obras espalhadas por Portugal e alguns outros países da Europa.
Cerca das 9 horas, o Pe. Custódio Pinto, pároco de Pedroso, deu início à celebração e à homilia teve oportunidade de referir alguns aspectos da devoção à Virgem, que os assistentes escutaram em profundo silêncio. Para além de José Reis e sua esposa D. Rosa Barreiras Reis, estiveram presentes vários dos seus colaboradores e alguns amigos, que assim quiseram marcar presença nesta cerimónia.

Em 2004, as referidas Alminhas das Barrancas já estão deslocadas da estrada, passando para o referido local destinado.

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